Thursday, September 4, 2008

Museu Rodin - O beijo




Escolhi a foto da escultura “O beijo” por um motivo especial. Dentre tantas belas obras de Rodin que nós pudemos apreciar, esta foi uma das que mais me chamou atenção, como também, a escultura, “Amor e Psique”. Todas as duas me tocaram fundo no coração e em minhas lembranças mais profundas sobre o meu relacionamento com a Cris, sobre como tudo começou e de como tivemos que superar tantas dificuldades.
Muito da nossa história e do sentimento que nos une pode ser entendido por meio destas duas esculturas. Lembro que no início do nosso relacionamento ela me dizia assim; “tudo começa pelo beijo. Se tiver uma química boa, tudo acontece”.E é verdade!
“Amor e Psique” não precisam nem dizer. Cristina é razão e eu emoção pura. Muitas vezes estes dois amantes se enfrentam, se chocam e lutam.

Nascido François-Auguste-René Rodin, as primeiras esculturas de Rodin foram feitas na cozinha de sua mãe, com massa que ela usava para fazer pão. Aos 14 anos, aquele que seria um dos escultores mais geniais da história da arte, já tinha aulas numa pequena academia. Em pouco tempo era aceito na Escola de Artes Decorativas, sob a orientação de Boisbaudran e de Barye. Ingressou depois na Academia de Belas-Artes, onde conheceu os escultores Carpeaux e Dalou. Trabalhou inicialmente como ornamentista, modelador, prático e cinzelador.
A exemplo do que tantas vezes aconteceu com os grandes artistas, a primeira obra de Rodin, O Homem de Nariz Quebrado (1864), não foi aceita no Salão de Paris. A justificativa do júri foi que a obra era um esboço, uma coisa inacabada. Paradoxalmente, toda a criação do escultor se basearia no conceito de "non finito". No ano de 1875, Rodin conheceu Meunier e realizou uma viagem à Itália, de importância fundamental para sua futura estatuária. Lá se interessou principalmente pela obra de Michelangelo, mais precisamente pela escultura O Prisioneiro, que o mestre deixou inacabada, influência esta que o libertou do academicismo. Na sua volta, o escultor visitou e estudou as catedrais góticas. Em pouco tempo criou seu famoso São João Batista Pregando (1878).
Suas obras mais célebres, O Beijo, que faz parte de uma série de esculturas realizadas para a Porta do Inferno, do Museu de Artes Decorativas, O Pensador, da mesma série, e o retrato de Balzac confirmam isso. Tem hoje um museu em Paris dedicado as suas obras e vida (o Museu Rodin), situado no Hotel Biron, ao lado do Hotel dês Invalides, túmulo de Napoleão.
Rodin teve uma assistente de nome Camille Claudel que também foi escultora e sua amante. Os seus trabalhos são muitas vezes confundidos como de Rodin conjecturando-se este facto.
Rodin conquistou fama em vida, e suas obras chegaram a ser as mais apreciadas no mercado de arte europeu e americano. Hoje em dia encontram-se nos museus mais importantes do mundo.

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