Monday, September 1, 2008

Museu D'orsay - Andando devagar para aproveitar.





A vontade natural que dá é a de você sair tirando foto de tudo porque tudo é muito bonito e expressivo. É como se você fosse convidado para uma festa e na entrada as pessoas te recepcionam e encaminham para o salão principal e vão apresentando você a outros convidados. No caso do Museu, quem te conduz são as obras que na entrada principal formam um corredor por onde caminhamos sem pressa, deslumbrados e acima de tudo, leves e oxigenados por toda aquela luminosidade que irradia do teto. É um espaço que te leva a andar mais devagar, a tirar a pressa dos roteiros turísticos, dos pacotes de viagem.
Ma sé preciso caminhar, seguir em frente, aproveitar cada minuto desta oportunidade. Não fica aquela vontade de um dia poder voltar aqui, mas também não sentimos necessidade de ir embora logo. É a cultura que transpira nesta cidade.

Percorremos praticamente todas as salas e espaços. Os impressionistas são um capítulo a parte com as suas obras. São muitos quadros, portanto se você pensa em parar em frente a cada um e ir apreciando e depois passar ao próximo e depois a mais outros, esqueça. Não dá tempo. Controle a ansiedade natural porque de alguma maneira os quadros que estão na parede vão te convidando a apreciação quando você passa por eles. Eles é que te escolhem e não o inverso. Senti isto em vários ambientes pelos quais nós passamos. Num determinado momento uma obra desperta a sua atenção e lá vai você dar uma espiadinha.
Paciência! Acima de tudo muita paciência para lidar com os turistas naquela empurração permanente atrás de você na busca pelo melhor ângulo. Típico de quem não está apreciando nada e sim fazendo um álbum para mostrar depois. Algumas obras não precisam ser clicadas, elas vão deixar uma marca indelével no seu coração e na sua mente. De onde você estiver, não importa nem a distancia e nem o tempo, você vai lembrar desta obra em detalhes.

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