Monday, October 11, 2010

Navona - indo e vindo








A Praça Navona (em italiano: Piazza Navona) é uma das mais célebres praças de Roma. A sua forma assemelha-se à dos antigos estádios da Roma Antiga, seguindo a planificação do Estádio de Domiciano (também denominado entre os italianos de Campomarzio, em virtude da natureza rude e esforçada dos exercícios - manejo de armas - e desportos atléticos que aí se realizavam). Albergaria até 20 mil espectadores sentados nas bancadas. A origem do nome deve-se ao nome pomposo que lhe foi dado ao tempo do Imperador Domiciano (imperador entre 81-96 d.c.): "Circo Agonístico" (do étimo grego Agonia, que significa precisamente - exercício, luta, combate). Actualmente o nome corresponde à corruptela da forma posterior in agone, depois nagone e finalmente navone, que por mero acaso significa também "grande navio" na língua italiana (Wikipédia).

Uma praça com 4 entradas e saídas levando a todos os lugares. Lembra, "todos os caminhos...". Era sempre por onde começavamos nossos passeios e por onde voltávamos para casa.Ops! Olha a saudade batendo. Mil atrações, artista os mais variados possíveis, desde as famosas "estátuas" que trocam uma foto por um euro, passando por dança de rua, violinos, sax e sapateado.Cada minuto uma atração. Para marcar nossa presença, no primeiro dia um conjunto estava tocando Tom Jobim. Dá para acreditar!!

Duas belas fontes. Uma numa ponta e outra no final. Cercada de prédios históricos, com restaurantes (caros diga-se de passagem), suas sorveterias, pizzarias e muita , mas muita gente circulando.
Em uma das noites, quando estávamos passeando pela última vez, vimos um cara que para ser estátua de responsa deveria ter mais 1 metro. O "anão" ainda por cima parecia um Beto Carreiro todo de branco. Uma menininha se agarrou nele como se fôsse um amiguinho de colégio. Muito engraçado! Cris quase morreu de tanto rir.

Trastevere - Aproveite o encantamento





Trastevere é o rione XIII de Roma, situado na margem ocidental do rio Tibre, ao sul do Vaticano. Seu nome vem do latin trans Tiberim, que significa literalmente "além do Tibre". É simbolizado tradicionalmente por seu brasão, que contém um leão sobre um fundo vermelho, cujo significado é desconhecido. Ao norte, o Trastevere faz fronteira com o rione XIV, Borgo (Wikipédia).

Na Idade Média o Trastevere já tinha as atuais ruas estreitas e irregulares; além disso, devido aos mignani (estruturas situadas em frente aos edifícios) não havia espaço suficiente para que carroças e carruagens pudessem passar. No fim do século XV estes mignani foram removidos porém ainda assim o Trastevere continuou a ser um labirinto de ruas estreitas. Havia um grande contraste entre as casas grandes e opulentas das classes altas e as moradias pequenas e dilapidadas dos pobres. As ruas não foram pavimentadas até a época do papa Sexto IV (Wikipédia).
Os tijolos que foram usados inicialmente foram substituídos posteriormente por sampietrini (pequenos paralelepípedos, mais apropriados para o trânsito de veículos. Devido ao seu isolamento parcial, e pelo fato de que sua população sempre foi multicultural desde os tempos antigos, seus habitantes - chamados de trasteverini - desenvolveram uma cultura própria. Em 1744 o papa Bento XIV codificou os limites do rioni dando ao Trastevere seus limites atuais (Wikipédia).

Nunca um ditado foi tão certo como o; "Todos os caminhos levam a Roma". Vale uma adaptação; " Em Trastevere, não importa o lugar, todos os caminhos te conduzirão ao ponto de partida". Não houve um dia em que não nos perdessemos por suas ruas estreitas e românticas. Todas incrivelmente semelhantes com seus bares, barbearias, restaurantes e ...vespas...muitas vespas. na verdade um enxame de vespas para lá e para cá em alta velocidade.

Diria que a qualquer hora do dia você é capaz de encontrar um ponto cego, uma esquina perdida, um beco onde poderá parar, respirar e agradecer a Deus pelo silêncio romantico que exala dos prédios envelhecidos pelo tempo, pelas janelas abertas e pelos raios de sol que penetram nos recantos mais singelos.
O grande barato deste lugar é simplesmente calçar uma sandália e andar por suas ruas de pedras, sem pressa, apenas, andar. Se for de mãos dadas com alguém especial,É PERFEITO!!!
Aqui você esquece que o tempo existe, ou melhor, descobre um tempo que parecia perdido. Tempo para parar, relaxar,caminhar,relaxar, parar...ou em qualquer ordem que você queira.

A primeira ponte

A primeira ponte ninguém esquece, principalmente se estiver na Itália, mais precisamente, em Roma. Assim que chegamos, fomos recebidos e conduzidos ao nosso hotel no bairro do Trastevere por Claudio, motorista super simpático que ao longo do caminho foi fornecendo algumas dicas sobre a cidade. A principal foi de que a cidade deve ser vista de cima, do alto, para que se possa olhar e contemplar a beleza de Roma em todas as direções.

O Trastevere é ligado a cidade por uma ponte. Pela ponte Sisto. Claudio estava certo. Ao chegamos ao meio da ponte, em uma pequena elevação, temos a oportunidade de poder ver a beleza de um fim de tarde tanto a direita quanto a esquerda tendo o silêncio do Tibre como testemunha.
A praça Trilussa, do outro lado da ponte, marca o começo de Trastevere. O local é dedicado ao poeta Carlo Alberto Salustri "Trilussa", morto em 1950, que escrevia seus versos em dialeto romano. Uma bonita poesia sua, chamada "Felicità", em tradução livre, assim diz: "há uma abelha que pousa, / sobre o botão de uma rosa, / suga-o e parte, / tudo somado, a felicidade / é uma pequena coisa". Nas escadas da fonte que decora a praça, sob o sol e o frio amenos, jovens leem livros e fumam cigarros, observados pela estátua de Trilussa.

Tibre que embalou o berço de Romulo e Remo, fundadores de Roma.
Esta ponte que liga o estilo boêmio e despojado do Trastevere a grandiosidade da cidade é um belo início de viagem. Um lugar pefeito para renovar os votos de amor eterno na cidade eterna.