Monday, August 25, 2008

Georges Pompidou - Exposições e interpretações



Interessante, foi uma menininha de três anos no máximo que estava acompanhada dos pais. Ela ia andando de passinho em passinho, chamava o pai com a mãozinha, ficava apontando os quadros e murmurava como se estivesse comentando o significado da obra. Fez isto com os quatro quadros que ocupavam a sala. Eram quadros enormes que praticamente cobriam as paredes de ponta a ponta. Depois foi embora e se despediu dos quadros como se estivesse passado os últimos minutos conversando com eles. E estava mesmo! Existem várias exposições alocadas em diferentes salas. É uma questão do tipo de exposição. Vale para conhecer Nada que me fizesse voltar.
Como disse a Cristina, é importante conhecer.
Não tivemos acesso a duas salas de exposição, pois o Museun Pass não dava direito e como já estávamos interessados em outras atrações que não só ver exposição preferimos não arriscar.
O que se pode perceber é que nos fins de semana, estes grandes complexos devem ser extremamente procurados para lazer.
Assim como nós vamos ao shopping para ficar olhando lojas quando poderíamos fazer visitas a vários de nossos pontos turísticos e históricos, o francês faz o inverso. Até porque circulando pela cidade não me deparei com shopping center.
Na saída do Centro, Cristina comeu uma baguetinha extremamente deliciosa e ensinou o dono do restaurante a responder em português; “Obrigado!”. Era um árabe. Até pensamos em sentar na mesinha para relaxar, mas para sentar tinha que comer alguma coisa.

Georges Pompidou - Arte moderna ou Doideira Geral?




Construída entre 1971 e 1977 Centre George Pompidou é mais conhecida para o Inglês como o Centro Pompidou. Ele está situado no Beaubourg zona de Paris. O grande centro é o lar de uma enorme biblioteca pública, que tem uma das melhores coleções de literatura no país. Ele também abriga a Galeria Nacional de Arte Moderna. A facilidade é nomeada após o ex-presidente da França Georges Pompidou, e é conhecida como uma das mais espetaculares peças de arquitetura moderna da cidade.
Estávamos praticamente no nosso último dia em Paris quando fomos visitá-lo. Eu fiquei praticamente todos os dias anteriores falando com a Cristina que tínhamos que visitar o Centro Georges Pompidou e quando vi me decepcionei. O modelo arquitetônico provoca diferentes reações dependendo da posição e a distância em que você esteja. De longe, ele parece imponente e bonito principalmente por sua estrutura tubular, mas quando nos aproximamos e ficamos pertinho dele, pelo menos para mim, perde muito da beleza. A sensação que você tem é a de estar entrando em uma refinaria, passando por dentro de suas escadas rolantes e circulando por sua estrutura metálica. Como elas circundam o centro, a sensação é de que você está pendurado do lado de fora. Por dentro ele é bonito, mas não é o tipo de arte que me atrai. Tem coisas muito loucas que só mesmo a própria pessoa para conceber uma explicação. Algumas obras são provocantes! Senti-me um pouco mal neste ambiente.

Sena - Tantas pontes, lembranças eternas





Outra atração quando caminhamos pelo Sena são as barraquinhas de livros, postais e discos a beira do rio. Charmosinhas. Passamos por quase todas as pontes. Para qualquer direção em que você olhe, do meio da ponte, a generosidade da paisagem será sempre muito próxima do deslumbrante.
A famosa ponte Neuf que foi tema de filme também guarda a sua magia. A margem destes pontos vimos muitas lojinhas de flores, pequenas floriculturas. Vocês vão dizer; ”aqui no Rio de Janeiro tem um monte delas!” E eu responderei: “Cara, estou em Paris, tudo fica diferente”.
Ao longo do Sena e das pontes, muitos carros circulando ao longo do dia.
Só não caminhamos na parte de baixo da margem do rio. Paranóia de uma cidade como a do Rio de Janeiro. Indo em direção a Torre Eiffel passamos por dentro de um jardim muito bonitinho que me lembrou muito o antigo e belo Jardim de Ala.

É hora então de tirar a mochila das costas, abrir a garrafinha de mate, molhar a garganta e relaxar. Apreciar o ir e vir dos passantes.
Em uma destas ocasiões em que estávamos atravessando a ponte observamos um casal de franceses em torno dos sus 65 a 70 anos. Ela lindamente envolvida em um vestido com um sobretudo por cima e ele totalmente entregue ao prazer de contemplá-la e roubar um beijo aqui e ali. Que cena linda, que momento mágico. Uma imagem como tantas que já vimos em cartões postais, quadros e esculturas. O amor, a paixão, a atração entre o homem e a mulher. Este sentimento é mais antigo do que a própria história do mundo e da humanidade. Uma imagem como tantas que vimos em filmes. Uma imagem que vale mil palavras. Vale a certeza de que valeu muito a pena ter lutado pelo meu amor e pela mulher da minha vida. Saber que atravessamos várias pontes, margeamos o rio de nossas vidas, ultrapassamos tantos obstáculos para poder estar junto, ali, naquele lugar, naquela hora, contemplando esta cena tão tocante. Apenas a certeza de que não poderia ter sido diferente. Deus não permitiria que o amor se encolhesse a ponto de sumir, desaparecer... Relembrando agora sobre esta passagem, vejo que vou guardar esta imagem por muitos e muitos anos. Para sempre! Parece que o rio cumpriu a sua missão de nos mostrar que a vida nos deu uma chance de sermos novamente felizes, e que tal como um daqueles barcos que passam para lá e para cá no seu leito, levando pessoas e sonhos, nós nos tornamos passageiros e não mais expectadores desta viagem. Foi um dos lugares que mais senti em deixar para traz.

Sena - Ponte Alexandre III, paixão a primeira vista





Saber a história é legal porque você contextualiza o que você está vendo, mas também não dá para sentar no barco e chorar porque não está entendendo nada. O passeio vale pelo trajeto, pelos monumentos e pelo fato de que todas as atrações de Paris irem surgindo pouco a pouco na gente de nossos olhos. Conversando com um amigo que conhece a história da cidade disse que Napoleão construiu largas avenidas para que o exército que ficava fora da cidade pudesse chegar rapidamente em caso de rebeliões.
È um passeio legal, mas que feito uma vez está suficiente. A emoção maior foi chegar na ponte de Alexandre III. Linda e maravilhosa! Imponente com suas imagens banhadas em ouro. Linda! Passamos pelo menos umas três vezes por esta ponte.
Outra forma de apreciar o passeio é caminhando a beira do rio sem pressa. Em uma destas ocasiões, escutamos o som de uma música. Descemos as escadas e tinha um senhor tocando, ao mesmo tempo, bateria, sax e um acordeom. Ficamos ouvindo um pouquinho. De repente o sol começou a dar sinal de que em breve estaria indo embora. Ficou só aquele brilho no céu e ele começou a canta “Mon River”. Foi demais!

Friday, August 22, 2008

Sena - Romantismo no ar





O transporte turístico de passageiros, pelo Rio Sena, é uma atividade tradicional em Paris, com seus famosos Bateaux Mouches, barcos moscas.O número de turistas na França supera os 80 milhões, e a grande maioria visita Paris. Como as principais atrações turísticas de Paris estão localizadas junto as margens do Rio Sena ou nas suas proximidades, de 200 a 500 metros, a Prefeitura de Paris está elaborando um projeto de interligação dos diversos trechos das margens do rio.
Nada mais romântico do que passear a beira do Rio Senna. Seja caminhando ou de barco, é muito gostoso. O passeio de barco acabou ocorrendo em um dia que estava meio nublado, mas como estávamos ali pertinho e não tínhamos certeza se voltaríamos por aqueles lados resolvemos arriscar. Paramos na Ponte Neuf e fomos no Bateau Violete. Ficamos lá na frente do barco, como já disse antes, para poder ter uma boa visão e eis que na nossa frente senta uma alemã com a mãe. Tudo bem, mas a garota era meio metida e olhava de lado assim para nós. Não deu outra, comecei a sacanear já que ela não entendia lhufas do que eu estava falando. Para que! Atrás estava sentada uma brasileira que morreu de rir da nossa irritação com a Free Willy. Esta moça por sinal estava a uma semana em Paris e disse que não conheceu muita coisa. Não tem como você não conhecer principalmente se você está bem localizado na cidade e com o metro torna-se praticamente impossível. O passeio foi bem legal com uma menina de guia que na verdade era estudante de turismo e aquele era o primeiro dia dela como guia. Foi super bem, explicou bem, mas sempre privilegiando a língua francesa. Tudo bem, em inglês ou francês eu não entendia nada mesmo.

Passeio romântico pelo Sena





O rio Sena é conhecido como o rio dos namorados. Nasce a 470 metros de altitude, na Meseta de Langres, em Cote-d’Or. O seu curso tem uma orientação geral de sudoeste a noroeste. Deságua no canal da Mancha, perto de Le Havre. A superfície que ocupa é aproximadamente 75.000 km². Curiosidade: A fonte do Senna é propriedade da cidade de Paris desde 1864. Uma cova artificial foi construída um ano depois, para controlar a fonte principal.
Foi super tranqüilo o passeio. Chegamos e nenhuma fila. O tempo atrapalhou um pouquinho porque não estava com sol, mas preferimos fazer logo o passeio com medo de que o tempo ficasse assim nos outros dias e acabasse atrapalhando os outros passeios. O barquinho era charmosinho e com a vantagem de termos conseguido ficar na frente o que possibilitou uma ampla visão dos principais pontos.

O transporte turístico de passageiros, pelo Rio Sena, é uma atividade tradicional em Paris, com seus famosos Bateaux Mouches, barcos moscas.O número de turistas na França supera os 80 milhões, e a grande maioria visita Paris. Como as principais atrações turísticas de Paris estão localizadas junto as margens do Rio Sena ou nas suas proximidades, de 200 a 500 metros, a Prefeitura de Paris está elaborando um projeto de interligação dos diversos trechos das margens do rio.Nada mais romântico do que passear a beira do Rio Senna. Seja caminhando ou de barco, é muito gostoso. O passeio de barco acabou ocorrendo em um dia que estava meio nublado, mas como estávamos ali pertinho e não tínhamos certeza se voltaríamos por aqueles lados resolvemos arriscar. Paramos na Ponte Neuf e fomos no Bateau Violete. Ficamos lá na frente do barco, como já disse antes, para poder ter uma boa visão e eis que na nossa frente senta uma alemã com a mãe. Tudo bem, mas a garota era meio metida e olhava de lado assim para nós. Não deu outra, comecei a sacanear já que ela não entendia lhufas do que eu estava falando. Para que! Atrás estava sentada uma brasileira que morreu de rir da nossa irritação com a Free Willy. Esta moça por sinal estava a uma semana em Paris e disse que não conheceu muita coisa. Não tem como você não conhecer principalmente se você está bem localizado na cidade e com o metro torna-se praticamente impossível. O passeio foi bem legal com uma menina de guia que na verdade era estudante de turismo e aquele era o primeiro dia dela como guia. Foi super bem, explicou bem, mas sempre privilegiando a língua francesa. Tudo bem, em inglês ou francês eu não entendia nada mesmo.

Torre Eifell - Se subir, relaxe!




Como disse, voltamos a torre várias vezes e sempre com uma emoção renovada. Em uma destas ocasiões nós chegamos e estava meio frio e nublado. Se não me engano foi no segundo dia. Por incrível que pareça as filas estavam pequenas e resolvemos encarar. Uma verdadeira Babel de nacionalidades. Muitos brasileiros, principalmente do Norte e do Nordeste do Brasil. Acabamos por fazer amizade com um grupo de professores que estava levando um grupo de alunos da cidade de Vitória de Guimarães. Foi uma farra. Lá em cima é tudo muito estreito e há o encontro de quem está chegando e de quem está descendo. Pronto tumulto formado. Pouco espaço para circulação das pessoas o que leva a um eterno esbarra, esbarra, portanto se você é do tipo que vai se incomodar com isso nem suba. Particularmente eu não achei lá estas coisas a vista de cima da cidade de Paris até porque estava chovendo. Finalmente tirei uma foto da Cristina na Torre.

Na volta estávamos super preocupados porque o metro fechava a meia noite e já eram 23:35hs. Acabamos nem vendo o segundo andar. Quando saltamos foi uma corrida só até a estação do metro mais próxima que nos pareceu a mais distante. Uma galera enorme se deslocando em massa. Conseguimos pegar o metro e quem diz que a Cristina conseguia saber a direção certa. Por fim, resolvemos nos jogar para dentro dos vagões e ver no que ia dar. Sorte nossa que estávamos na direção certa. Problema foi quando saltamos na estação de ligação e tivemos que andar uma eternidade para encontrar a nossa linha.
Voltaríamos a Torre mais umas duas vezes. Em uma delas resolvemos dar uma deitada no gramado como a maioria das pessoas. Foi a primeira relaxada que nós demos assim de parar na rua e curtir um pouco. Depois resolvemos conhecer as ruas que são paralelas a Torre e acabamos por encontrar uma Brasserie simples e muito em conta. Pedimos duas baguetes e tomamos um vinhosinho. Foi legal. Estas paradas e circuladas pelas ruas de Paris foram um dos pontos altos da viagem. Veríamos a Torre ainda do Bateau Muche. Deixou saudades!

Torre Eifell - Uma multidão em movimento





Estávamos cansados nesta primeira jornada até a Torre. Só nos restou procurar um cantinho e sentar para apreciar e recuperar as forças. Uma coisa é certa. Sabíamos intimamente que voltaríamos ali ainda muitas vezes até nossa despedida de Paris. Cristina se apaixonou de tal maneira que parecia àquelas crianças quando tem que ir embora do parquinho ou da pracinha no melhor da brincadeira. Para coroar este primeiro encontro nada melhor do que uma foto. Eu tirei uma e quando fui tirar uma da Cris, pimba, acabou a bateria da máquina. Não preciso nem dizer da carinha dela. Era uma tristeza só. Pior ainda estava por vir.
Quando chegamos no quarto, arrasados de cansados e fomos colocar a máquina para recarregar descobrimos que a entrada da tomada é totalmente diferente, é para dentro. Fomos na recepção do Hotel e o simpático do gerente da noite só falava que tínhamos de ir ao mercado no dia seguinte para comprar um adaptador. Uma noite de angústia e expectativa. No dia seguinte não conseguimos nenhum adaptador no mercado. Resolvemos caminhar até o fim da nossa rua e acabamos descobrindo uma loja de equipamento fotográfico e lá conseguimos o cálice sagrado, a tomadinha que salvou a viagem.

Torre Eifell - Diva sensual e provocativa





A Torre Eiffel, não na sua totalidade, mas a sua parte de cima acobertada por árvores frondosas que escondiam o resto de sua intimidade. Como uma Diva que se esconde atrás de uma diminuta toalha. Nem reveladora, nem impenetrável, apenas provocativa. E desta forma, fisgados pelo seu fascínio nos pomos a caminho para tentar alcançá-la e encontrá-la, literalmente.
Do ponto em que estávamos ela parecia estar pertinho, quase ao alcance de nossas mãos e a medida que avançávamos por uma das ruas laterais que se encontram no Arco do Triunfo, ela ia sumindo. De repente ela aparecia novamente e tome de caminhar, caminhar, caminhar. Parecia uma miragem que se evaporava à medida que nós íamos chegando pertinho. Este contratempo serviu para que apreciássemos as avenidas que cruzam a cidade com seus belos prédios, árvores enfileiradas e silencio. Sim, muito silêncio e pouco trânsito e pessoas circulando. Deu-me uma sensação de paz e calmaria como a muito eu não sentia. Este caminhar de um ponto até outro em uma cidade desconhecida é a forma mais apropriada de conhecer uma cidade nova e suas peculiaridades. Foi muito agradável o trajeto apesar da agonia para saber se no final da avenida iríamos encontrar a Prima Dona, Eiffel. E? Não encontramos! A danada tinha sumido. Quando bateu aquela tristeza e nos viramos percebemos uma pontinha e ao caminhar mais um pouquinho, pronto, lá estava ela inteira, linda e maravilhosa. Fincada em suas bases como uma nave preste a decolar. Foi outro assombro! Diferentemente do Arco do Triunfo, de qualquer ponto, longe ou perto, a Torre é simplesmente linda. Fomos nos aproximando e sendo sugados para dentro de sua estrutura. Ficamos bem embaixo dela. Muita gente, gente para caramba e mais um pouco. Sentadas, nas filas, andando, paradas e em pé. Jovens crianças adultas e idosas.

Torre Eifell - A paixãozinha da viagem





Inaugurada em 31 de março de 1889, a Torre Eiffel foi construída para honrar o centenário da revolução francesa. O Governo da França planejou uma exposição mundial e anunciou uma competição de design arquitetônico para um monumento que seria construído no Champ de Mars, no centro de Paris. Mais de cem designs foram submetidos ao concurso. O comitê do Centenário escolheu o plano de Gustave Eiffel de uma torre com uma estrutura metálica que se tornaria, então, a estrutura mais alta do mundo construída pelo homem.
Com seus 317 metros de altura, possuía 7300 toneladas quando foi construída, sendo que atualmente deva passar das 10000, já que são abrigados restaurantes, museus, lojas, entre muitas outras estruturas que não possuía na época de sua construção. Eiffel, um notável construtor de pontes era um mestre nas construções de metais e tinha sido o desenhista da armação da Estátua da Liberdade, que tinha sido erguida recentemente no porto de Nova York. Quando o contrato de vinte anos do terreno da Exposição Mundial (de 1889) expirou, em 1909, a Torre Eiffel quase que foi demolida, mas o seu valor como uma antena de transmissão de Rádio a salvou. Os últimos vinte metros desta magnífica torre correspondem a antena de rádio que foi adicionada posteriormente. Recebe o nome de seu projetista, o engenheiro Gustave Eiffel.

Arco do triunfo - Um mergulho na história






Iniciado em 1806, após a vitória napoleônica em Austerlitz, o Arco do Triunfo representa, em verdade, o enaltecimento das glórias e conquistas francesas, sob a liderança de Napoleão Bonaparte – seja este oficial das forças armadas, esteja ele dotado da eminente insígnia imperial. A obra, no entanto, foi somente finalizada em 1836, dada a interrupção propiciada pela derrocada do Império (1815). Com 50 metros de altura, o monumental arco tornou-se, desde então, ponto de partida ou passagem das principais paradas militares, manifestações e, claro, visitas turísticas.
Logo no primeiro dia, na nossa chegada, depois de conhecermos Montmartre, fomos ao Arco do Triunfo. A sensação que tive ao sair do mêtro foi como se uma onda gigante fosse me engolir. Fiquei assim meio que surpreso e Cristina ao meu lado dizia; “o que é isso!”, de tão belo.

É como se o “Arco” estivesse querendo mostrar sua beleza sobre diferentes matizes zombando do tempo como se disse: Não importa o seu humor porque eu fico belo de qualquer jeito. E é verdade mesmo. Poderíamos ficar ali pegando chuva e sentindo aquele frio cortante, paralisados pela sua beleza e envergadura. Se visto de longe perde o impacto, vira um ponto no meio de uma grande avenida. Um detalhe no caminho desta bela avenida que é a Chanps Ellise rasgando o centro de Paris de ponta a ponta. De perto vira um portal imaginário como se de repente fôssemos arrastados à força par dentro da história de Paris de tantas épocas e eras. Passado e presente. Não chegamos a subir as escadas que levam ao topo do Arco, preferimos guardar aquele momento. Voltamos em uma outra oportunidade quando já era noite e fomos ao “Lido”. Lindo, todo iluminado, silencioso como um vigilante a velar pelo sono da cidade. Na saída do Arco quando nos preparávamos para ir embora, nos viramos e quem vimos na nossa frente, piscando os olhos, faceira?

Arco do Triunfo - Beleza pura





O Arco do Triunfo é um monumento, localizado na cidade de Paris, construído em comemoração às vitórias militares de Napoleão Bonaparte, o qual ordenou a sua construção em 1806. Inaugurado em 1836, a monumental obra detém, gravados, os nomes de 128 batalhas e 558 generais. Em sua base, situa-se o Túmulo do Soldado Desconhecido (1920). O arco localiza-se na praça Charles de Gaulle, uma das duas extremidades da avenida Champs-Elysées.
Estava frio e chovia uma chuva fininha daquelas que irritam porque não para nunca e acaba comprometendo o que você tem que fazer. No nosso caso, para piorar, neste dia estava ventando muito, o que impedia a livre circulação em torno do Arco.
Muitas pessoas circulando. É interessante a arquitetura desta avenida, a Champs-Elysées. Uma longa reta que quando chega no Arco do triunfo, passa a ser cortada por várias avenidas que vão para diferentes pontos da cidade.
É como se tudo começasse, terminasse ou passasse pelo Arco do Triunfo. Quando você está ali no monumento, a sensação é de aquele ponto é o grande centro da cidade como se fosse um sol com vários raios saindo de seu núcleo central.

Montmartre - Tirando onda.



A maioria das pessoas senta nos restaurantes para comer e beber alguma coisa. O legal destes estabelecimentos é que eles colocam todas as mesinhas viradas para rua de forma que você tenha o tempo todo a sua frente a possibilidade de ver o movimento das pessoas e sentir a atmosfera do lugar.
Saca só a pose da figura. Importante para caramba né. Pois é, este foi o primeiro dia e eu nem tirei a roupa com a qual tinha viajado. Enquanto a galera estava de tênis e roupa mais esportiva, o mane estava todo almofadinha.

É um lugar encantador muito mais pela diversidade artística e pelo tom mais ou menos informal que encontramos nos restaurantes e nas pessoas do que propriamente por algo de grandioso. É intimista, mas não a ponto de você abraçar e tirar fotos com todos os artistas. Eles não gostam. Falam de direito autoral, da necessidade de proteger o trabalho. Nada além do que uma certa arrogância de uns poucos pintores. Os artistas que ficam procurando a quem retratar são como moscas em cima de açúcar. Ficam rondando até conseguir uma presa. São vários estilos de pintura, resta saber qual deles tem mais haver com seu estilo.

Na segunda vez que lá estivemos, Pipe e Cristina acabaram sendo retratados por um dos muitos artistas e caricaturistas. O retrato ficou 1000, fidelíssimo. O da Cris então, parece um daqueles retratos que os antigos aristocratas mandavam fazer de suas esposas para que fossem colocados na sala principal da mansão. Só faltou o vestido rodado das grandes rainhas. Já falei que iremos pendurar lá na sala para todo mundo quando acordar ir fazer uma reverência e não esquecer de quem é que manda na casa. Brincadeirinha, o retrato ficou muito lindo. O artista conseguiu capturar a essência da personalidade da Cristina. Um senso de reserva e de formalidade. Incríveis estes caras. Vi poucas pintoras e muitos pintores, uma ala já em idade avançada.
Um mito. O crepe vendido não tava com esta bola toda não. Sentamos nós quatro e a sensação no final é de que ficou faltando alguma coisa. Nem tudo é perfeito! Já pensou crepe e baguetinha nota 10? Voltaríamos de lá com muitos quilinhos a mais na bagagem.
Esta é uma coisa importante.
Era tanta coisa para ver e fazer que nós não nos preocupávamos tanto em ficar sentando em restaurante para comer e beber.
É um mito achar que você não consegue comer bem porque é tudo muito caro.
Procurando você consegue. O que não dá é querer ter um estilo de vida na Europa que você não tem no Brasil.
Na segunda vez que lá estivemos, Pipe e Cristina acabaram sendo retratados por um dos muitos artistas e caricaturistas. O retrato ficou 1000, fidelíssimo. O da Cris então, parece um daqueles retratos que os antigos aristocratas mandavam fazer de suas esposas para que fossem colocados na sala principal da mansão. Só faltou o vestido rodado das grandes rainhas. Já falei que iremos pendurar lá na sala para todo mundo quando acordar ir fazer uma reverência e não esquecer de quem é que manda na casa. Brincadeirinha, o retrato ficou muito lindo. O artista conseguiu capturar a essência da personalidade da Cristina. Um senso de reserva e de formalidade. Incríveis estes caras. Vi poucas pintoras e muitos pintores, uma ala já em idade avançada.
Um mito. O crepe vendido não tava com esta bola toda não. Sentamos nós quatro e a sensação no final é de que ficou faltando alguma coisa. Nem tudo é perfeito! Já pensou crepe e baguetinha nota 10? Voltaríamos de lá com muitos quilinhos a mais na bagagem.
Esta é uma coisa importante.
Era tanta coisa para ver e fazer que nós não nos preocupávamos tanto em ficar sentando em restaurante para comer e beber.
É um mito achar que você não consegue comer bem porque é tudo muito caro.
Procurando você consegue. O que não dá é querer ter um estilo de vida na Europa que você não tem no Brasil.
Na segunda vez que lá estivemos, Pipe e Cristina acabaram sendo retratados por um dos muitos artistas e caricaturistas. O retrato ficou 1000, fidelíssimo. O da Cris então, parece um daqueles retratos que os antigos aristocratas mandavam fazer de suas esposas para que fossem colocados na sala principal da mansão. Só faltou o vestido rodado das grandes rainhas. Já falei que iremos pendurar lá na sala para todo mundo quando acordar ir fazer uma reverência e não esquecer de quem é que manda na casa. Brincadeirinha, o retrato ficou muito lindo. O artista conseguiu capturar a essência da personalidade da Cristina. Um senso de reserva e de formalidade. Incríveis estes caras. Vi poucas pintoras e muitos pintores, uma ala já em idade avançada.
Um mito. O crepe vendido não tava com esta bola toda não. Sentamos nós quatro e a sensação no final é de que ficou faltando alguma coisa. Nem tudo é perfeito! Já pensou crepe e baguetinha nota 10? Voltaríamos de lá com muitos quilinhos a mais na bagagem.
Esta é uma coisa importante.
Era tanta coisa para ver e fazer que nós não nos preocupávamos tanto em ficar sentando em restaurante para comer e beber.
É um mito achar que você não consegue comer bem porque é tudo muito caro.
Procurando você consegue. O que não dá é querer ter um estilo de vida na Europa que você não tem no Brasil.

Montmartre - Pintando nossa emoção.



Lembranças são lembranças e puxando uma vem outra e mais outra.
Tudo isto e ainda estamos em Montmartre.
Lá circulamos entre os artistas e pintores. Sabe aqueles filmes franceses românticos e que costumamos assistir na sessão da tarde? Pois é, neste caso nós estávamos dentro do filme, éramos os protagonistas. Nada como passear de mão dada, trocando carinho e curtindo aquele labirinto de ruas. É o típico local para ficar sem pressa.
Quando andamos pelas ruas de Montmartre sentimos um pouco da atmosfera lúdica e cultural retratada na literatura e em alguns filmes. Antes da nossa viagem nós tínhamos recebido uma mensagem que tinha como anexo, as imagens de Montmartre e uma música francesa simplesmente linda.
Lembro-me que nós ficamos empolgadíssimos e quase que imediatamente nos transportamos para Paris. Acho que ali a capital francesa com todos os seus encantos que seduziram e ainda seduzem as pessoas do mundo inteiro nos fisgou por completo.
Montmartre é um lugar assim, simples, agitado, relaxante, fervilhante e tudo isto e mais um pouco ao mesmo tempo. Confesso que senti uma dor no peito quando nos despedimos por completo, sabendo que não iríamos voltar, pelo menos tão cedo.

Montmartre - Pura sedução.


A primeira baguetes foi divinamente degustada em Montmartre. Confesso que a má vontade do dono me impressionou negativamente, mas não teve jeito, quando desci, já indo embora, acabei parando e comprando uma com o carrancudo. Acabou se revelando a melhor baguetes de toda a viagem! Esta é a refeição mais prática para se fazer em Paris. Para onde você olha têm um lugar oferecendo uma baguetinha, uma batatinha frita (fraquinha) e refrigerante ou água. Vira um hábito tão enraizado que quando não encontramos nossa companheira em alguma carrocinha dá até dá tristeza.Juro! Aconteceu no Louvre! Depois da visita, fomos para o Parque das Tolhereis comer alguma coisa. Vimos uma barraquinha do “Paul” e qual não foi a nossa surpresa quando descobrimos que não tinha a baguetinha querida e fofa. Cristina parecia criança. Só faltou sentar no banquinho e chorar.
Voltando a Montmartre, que belezinha de lugar. Tudo ali transpira charme e descontração. É um dos locais que conquistam de cara o nosso coração deixando a certeza de que antes de ir para casa, ainda vamos dar uma passadinha para nos despedirmos.
E foi o que acabou acontecendo. Voltamos mais uma vez e para nossa sorte, encontramos minha sogra e meu filho de coração, Pipe. Só Paris mesmo para nós acharmos sorte encontrar a sogra na nossa lua de mel. Brincadeirinha! Dona Ailê é show e encontrá-los tornou a viagem muito prazerosa. Acabamos indo depois com eles ver a Torre Eiffel. Na noite anterior nós tínhamos assistido a um show no lido, uma casa noturna bem bonita no centro de Paris.
Quando nos despedimos no hotel tínhamos a certeza de que não nos encontraríamos mais e qual não foi a surpresa quando vimos os dois descendo as escadas da igreja.
Cristina deu um grito de alegria tão grande que rapidamente passamos a ser o centro das atenções. Só faltou alguém dizer: “São brasileiros”. E daí!
Foi muito legal mesmo! O resto daquela despedida que nós estávamos fazendo de Montmartre ficou mais saboroso.
Pipe aproveitou para comprar o presente da irmã. Um casaquinho bonitinho. Legal a preocupação dele com a irmã. Tenho certeza de que no futuro ela vai gostar de estar ali também. Vai curtir muito.

Wednesday, August 20, 2008

Conciergerie - Dor e Sofrimento.





A Conciergerie é um dos prédios de mais riqueza da história de Paris. Parte do complexo do Palais de la Cité foi o palácio real do trono francês e acredita-se que seu nome tenha surgido do fato de ser ali a moradia do concierge real.

Este outrora palácio gótico é, entretanto, mais conhecido pela função que ocupou durante os momentos mais violentos da revolução francesa, quando foi transformado em prisão onde centenas aguardavam suas sentenças.
A prisioneira mais famosa foi a Rainha Maria Antonieta, que aqui aguardou sua execução em 1793. Sua antiga cela foi depois convertida em uma capela com as cores do luto real quando a monarquia foi restaurada anos depois.

A visita inclui a Sala dos Guardas, um dos maiores salões góticos ainda existentes no mundo e a visita às instalações das prisões revolucionárias, onde móveis e modelos mostram como era a vida dos acusados pelo tribunal.
Quando se entra na Conciergerie nos deparamos com um imenso salão vazio. O que sobressai neste vazio é a estrutura gótica do teto. Pelos quatro cantos do salão iremos ter acesso as galerias que serviram de prisão para os personagens daquela época.

Em uma sala podemos assistir um vídeo explicando a história da construção da prisão. A música que acompanha o relato fez com que em um determinado momento eu me transportasse àquela época e pudesse ouvir os murmúrios do povo e dos embates que devem ter se travado naquele salão.
As celas são espaços mínimos e fica difícil imaginar alguém vivendo ali. Os mais abastados ainda conseguiam algumas regalias como camas e cobertores. De fora a impressão que se tem é de que vai se entrar em um castelo. As torres se destacam a margem do rio sena.
Um local de inúmeros sofrimentos e arbitrariedades. Quando chegamos a cela de Maria Antonieta, outro choque. Dentro da cela ficava um guarda vigiando-a 24 horas. Dizem que envelheceu na flor da idade em curto espaço de tempo devido a esta espera pela condenação. É um ambiente pesado, muito pouco confortável. Pelo menos foi a impressão que me causou. O sofrimento exala como um grito parado no tempo. Senti-me preso e encarcerado. A vontade era de sair logo e respirar ar puro. E foi o que fizemos. Ficamos um pouco sentados ali no rio sena tirando umas fotos.