"Uma Vida para o nosso Tempo". Este é o título da biografia de Freud escrito por Peter Gay. Na verdade, diria que é uma Vida para além do Nosso Tempo consideradas todas as suas contribuições ´para compreensão da mente humana.
Uma de suas maiores contribuições foi a de trazer o conceito de inconsciente, dando-lhe um status científico. Frase como; " limpar a chaminé" hoje são usadas com a maior naturalidade quando nos referimos a necessidade de esvaziar a mente e enfrentar com maior clareza nossos medos mais escondidos.
Em uma das salas, bem no meio da sala encontra-se o baú onde Freud ao sair de Viena colocou grande parte de suas coisas. Uma das facetas inusitadas deste episódio é o fato de que foi justamente um nazista responsável pela análise da documentação de todos os judeus de Viena, Anton Sauerwald que fez vista grossa para declarações das contas de Freud em bancos suíços bem como das dívidas da editora gerida por Martin Freud. Caso denunciado não conseguiria sair de Viena.
Quantas ideias saíram desta caneta?
Quantos fragmentos da teoria de Freud e suas tantas derivações saíram desta pena em tantas noites madrugada adentro ou nos dias de frio e sol fraco ao longo do dia.
Quantas receitas?
Quantos rabiscos?
Tipo tinteiro, a tinta ia sendo reabastecida no corpo firme da caneta que fixada em suas bravas e resolutas mãos ia jorrando um conhecimento totalmente novo e fundamental para a Humanidade.
Tantas caricaturas e desenhos que desde esta época já povoavam as páginas dos livros.
Hoje, seu rosto está estampado em várias lembranças como canecas, canetas, bloco de notas, agendas, camisas...
Seu rosto e suas frases. Suas frases e suas provocações.
Vamos entrar?
Basta tocar a campainha!
Que tal colocar as suas palavras, presas no nó das suas teias para fora?
É simples?
Simples?
Quantos voltaram dali mesmo não querendo encarar os seus medos?
Quantos retornaram apenas mais uma vez por curiosidade?
Quantos Nem chegaram até as suas portas por puro preconceito?